Operações da cadeia logística
Existem cinco áreas no desempenho da cadeia logística (produção, stocks, localização, transporte e informação). Estas áreas podem ser vistas como parâmetros de projeto ou políticas de decisão, definindo a capacidade, a forma e operações de qualquer cadeia logística. Uma maneira para entender como estas operações estão relacionadas é através do supply chain operations research, ou modelo SCOR, desenvolvido pelo Supply-Chain Council. Este modelo identifica quatro categorias de operações (Hugos, 2003, p. 43-44):
Planejamento;
Fornecimento nível 1;
Fornecimento nível 2;
Compras;
Gestão de materiais;
Fabricação/Produção;
Distribuição física;
Marketing de Vendas;
Cliente/Consumo.
Planejamento
O planejamento refere-se a todas as operações indispensáveis para planejar e organizar as operações das outras três categorias. Nesta categoria existe três operações particulares (Hugos, 2003, p. 44):
Previsão da procura;
Preço do produto;
Gestão de stocks.
Aprovisionamento
O aprovisionamento ou abastecimento é uma categoria que inclui as atividades necessárias para adquirir inputs de forma a criar produtos ou serviços. Existem duas operações neste ponto (Hugos, 2003, p. 44):
Aquisição de materiais e serviços;
Créditos e empréstimos.
Fabrica
Esta categoria inclui as operações de desenvolver e construir os produtos ou serviços. As operações presentes são (Hugos, 2003, p. 45):
Projeto do produto;
Gestão da produção;
Gestão das infra-estruturas.
Entrega
A entrega envolve a atividade de encomenda dos consumidores e a entrega dos produtos aos clientes. As duas operações principais são (Hugos, 2003, p. 46):
Ordem de encomenda;
Entrega do produto.
Pipeline logístico
É uma analogia entre o pipeline físico (conduta de escoamento) e o fluxo de mercadorias que ocorre desde as matérias-primas até ao produto final. Define-se como um encadeado de operações realizadas pelas empresas com o objetivo de materializar as cadeias de abastecimento (Dias, 2005, p. 104).
Processos
Abaixo um exemplo de cadeia logística, quanto aos gastos e despesas da empresa:
Marketing
Planejamento/Controle/Produção (PCP)
Fornecedores
Carga/Armazenagem
Produção
Stock
Serviço ao Cliente
Marketing (retorno)
Todos o processos envolvem clientes, distribuição, produção e fornecedores.
Sendo:
Marketing é essencialmente a arte de enviar uma mensagem a potenciais clientes e também ao mesmo tempo para os atuais clientes, de modo a cativar a compra do produto em questão. Envolvendo: faixa etária, poder aquisitivo, classe social, localização, concorrente; além da função de propaganda e sistemas promocionais. As empresas reconhecem a importância do marketing e direcionam uma boa parte de seus recursos humanos e financeiros a essa atividade.
PPCP (Planejamento, Programação e Controle da Produção): também conhecida como a Logística de produção, é um segmento da industria automatizada, que trata da gestão e controle de mão de obra, material e informação no processo produtivo (Flexlink, 2008). Devido à grande complexidade que as grandes plataformas industriais apresentam, dada à enorme quantidade de materiais, operários e máquinas, a gestão destes recursos é feita majoritariamente através de processos informáticos. São estes processos logísticos contínuos de controle da produção e também das encomendas, que se dá o nome de PPCP. Uma logística de produção eficiente resulta em tempo e dinheiro ganho na produção (Allen, 2001, p.215). Esta área é, assim, essencial para o sucesso das empresas na economia de um mercado global existente, uma vez que se preocupa com o aperfeiçoamento de tarefas fabris, quer pela adição de processos mais eficazes, quer pela eliminação de outros desnecessários.
Fornecedores: fornecedores da matéria-prima, devem ser tratadas como parceiros, devendo até serem convidados a verem a produção; participar da produção, do dia a dia da empresa; já que ambos os conhecimentos podem atuar juntos, surgindo assim uma estrutura de competência altíssima.
Stock/Armazenagem: a realização de auditorias é importante para o controle dos materiais que entram na empresa, verificando se os mesmos não estão em excesso.
Para melhor explorarmos a cadeia logística, entramos na logística empresarial que é o estudo da cadeia logística. Temos então, as Atividades Primárias e as Secundárias.
Atividades Primárias
Transportes
Manutenção de estoques
Processamento de pedido
Atividades Secundárias
Armazenagem
Manuseio de materiais
Embalagem de materiais
Obtenção (seleção de fontes, quantidades de compra)
Programação do produto (distribuição - fluxo de saída - oriente programação PCP)
Manutenção de informação (base de dados gerada pela cadeia - fonte de dados para futuros planejamentos.
Decisões estratégicas
Algumas decisões são bastante importantes, pois podem trazer consequências para uma organização. Umas decisões podem ter consequências durante vários anos. Outras decisões, menos importantes, têm consequências sentidas por dias ou horas. As decisões estão classificadas como (Waters, 2003, p. 60):
As decisões estratégicas são as mais importantes e decidem a direção da organização. Elas têm efeitos a longo termo, envolvem muitos recursos e são as mais arriscadas.
As decisões táticas estão relacionadas com a implementação das estratégias sobre o médio termo, olham a um maior detalhe, envolvem menos recursos e apenas apresentam algum risco.
As decisões operacionais são decisões mais detalhadas e dizem respeito a estratégias com curto termo, envolvem menos recursos que as decisões táticas e correm um risco pequeno.
Estratégia logística vs. logística estratégica
A estratégia logística de uma organização consiste em todas as decisões, políticas, planos e cultura estratégica relativamente à gestão das suas cadeias logísticas (Waters, 2003, p. 62). Assim, quando uma empresa pretende atingir um dos objetivos estratégicos propostos, como por exemplo, reduzir os custos globais, utiliza a logística enquanto ferramenta estratégica (estratégia logística). Por outro lado, quando a logística não constitui qualquer ferramenta para a concretização dos objetivos da empresa, mas é utilizada como motor da própria estratégia, estamos perante aquilo que se designa logística estratégica (Dias, 2005, p. 253).
Auditoria logística
É através da auditoria e controle logístico que as empresas conseguem determinar se existem gaps entre a performance logística e os resultados esperados (Carvalho et al., 2001, p. 15). Este sistema tem como principais inputs de informação:
Resultados dos indicadores de performance logística;
Mapeamento de atividades (análise ABC);
Resultados da gestão logística;
Mapeamento dos conceitos que se pretendem medir e monitorar.
A partir da análise integrada dos vários inputs referidos, são produzidos outputs, sendo responsabilidade dos gestores logísticos desenvolver planos e ações de melhoria, sempre que for necessário (Carvalho et al., 2001, p. 42).
Estratégia global
É facilmente perceptível quando algo que se relaciona com a logística não está a funcionar da melhor maneira, pois verificam-se frequentes rupturas de stocks, ordens de encomenda desencontradas, baixas performances, disponibilizações erradas de produtos ou serviços e colocações fora de tempo, em locais incorretos ou em quantidades desadequadas. No entanto, quando se verifica o seu bom funcionamento, nomeadamente, em termos de mercado nacional, entre todas as causas divulgadas para o seu sucesso, não é referida a logística (Carvalho, 2002, p. 29).
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ResponderExcluirMais recentemente, a rede flexível, auto-organização das empresas que cooperam para fornecer produtos e serviços oferecidos tem sido chamado de Enterprise prolongado.
ResponderExcluirdecisões táticas como tomada de preço de materia prima, etc. Sao usadas para melhorar o custo- benefício quando um cliente adquire o produto, como e feita essa decisão apartir de que preceitos?
ResponderExcluirTambém fiscalizar alguns indicadores de performance fundamentais para o controle do resultado, como por exemplo: a qualidade e a inovação dos produtos e serviços, velocidade da execução dos processos, tempo de chegada ao mercado e aos consumidores, nível de serviço adequado às necessidades de cada cliente e custos compatíveis com a percepção de valor da demanda.
ResponderExcluirSobre SCM 2.0
ResponderExcluirAssim como as definições de WEB 2.0, SCM 2.0 aproveita as soluções comprovadas, concebidas para produzir resultados com agilidade para gerenciar rapidamente as mudanças futuras.
Grupo ERP - Tamires, Raphael e Renato
Os resultados que se esperam da utilização de sistemas que automatizem o SCM são:
ResponderExcluir-Reduzir custos;
-Aumentar a eficiência;
-Ampliar os lucros;
-Melhorar os tempos de ciclos da cadeia de fornecimento;
-Melhorar o desempenho nos relacionamentos com clientes e fornecedores;
-Desenvolver serviços de valor agregado que dão a uma empresa uma vantagem competitiva;
-Obter o produto certo, no lugar certo, na quantidade certa e com o menor custo;
-Manter o menor estoque possível.
Podemos analisar cadeia logística como um conjunto de atividades interligadas que constantemente se articulam desde o início da programação da elaboração de um produto, todas as suas etapas intermediárias até atingir o produto final com sua distribuição e comercialização.
ResponderExcluirpodem tbm colocar mais pra frente que Os processos logísticos nas empresas, não são mais do que processos de valor acrescentado, isto é, transformam matérias primas em produtos, bens ou serviços de modo a satisfazer as exigências dos seus clientes. É através da logística, nomeadamente do serviço logístico, que o valor chega aos clientes ou consumidores, e que também, por sua vez, a empresa obtém informações relativamente às suas necessidades e desejos.
ResponderExcluirO sistema de gerenciamento da cadeia logística é usado para otimizar e organizar toda a cadeia logística de uma empresa. O SCM organiza os dados de compra e venda, quantidade de matéria-prima em estoque, quantidade de produtos fabricados, registra a demanda por produtos, gerencia o transporte e armazenamento dos bens fabricados pela empresa, etc...
ResponderExcluirCom a informação gerada pela coleta de dados é possível tomar decisões que ajudem a empresa
a ter mais lucros em menos tempo.